Chega o passado sempre que o calor de Agosto traz consigo o quente, o morno, o doce e o prometedor da eternidade. Sem o "depois", sem futuro...que agora se torna bem presente. Posso dizer que tudo foi como uma onda que vai e vem, foi como um leve roçar na areia e um breve toque de sentimentos nos corpos quentes... os corpos procuravam, e após um longo incontrolável beijo quente denunciavam os momentos de paixão apenas quentes e fugazes apenas um " caso de verão ". É bem presente a certeza de que não se repetirá o morno abraço, pelo menos da maneira como eu conheci tão bem, em todos os sonhos que criei, voei e voei, mas sozinha ... voei com uma presença criada, que nunca esteve lá como eu a imaginei. E agora percebo que estou sozinha como sempre estive, mas agora vejo-o. Sinto-me traída mas não sei quem me traiu, se eu própria, se tu . Imaginei tudo ? A tua resposta é sim... e fico sem saber em que mundo estive, como pude imaginar tanto, e deixar o coração elevar-se, louco e surdo, sem qualquer entrave, sem condicionamentos , sem a certeza que se estava apenas a deixar ir... queria tocar o sol, queria beijar as estrelas e eu deixei-o ir, quem é capaz de controlar o coração afinal? eu não fui capaz, agora ele continua lá no alto e desce quando perde o ar quente e morno de Agosto que o eleva, mais um bocadinho... só mais um bocadinho... dá-lhe ar quente e da-lhe mais uma vez o doce sabor de ilusão que eu gosto tanto. Chega o passado com o calor de uma noite perdida estranhamente a pensar em ti. Chega mais uma vez, e eu procuro alento para ver o sol, nesse passado que imagino, que crio em cada momento, decoro com flores, árvores, e jardins inteiros, só para mim e para ti, não para ti que existes, mas para ti, que vives só no meu coração. Chega o que tenho de enfrentar e vencer, porque afinal de contas, sou tão forte, não é ? mas eu caio, eu procuro-me de novo, eu quero o meu espaço, quero isolar-me, quero voltar-me para dentro, colapso sobre mim própria... e volto ao que chamo só meu, e que não quero ( não quero mesmo! ), partilhar com mais ninguém... aqui sou rainha e senhora do que sinto, ninguém me diz que não pode ser assim... porque aqui, neste pedaço de coração que eu chamo insistentemente de meu, coloco o que quero, e dou-lhe, dou-lhe asas quando eu quero! e deixo-o voltar a voar alto ou cair tão baixo... que me consome.
Adorei :D
ResponderEliminarObrigado baby :$
ResponderEliminarDe nada! :D
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